Quem somos nós

São Paulo, SP, Brazil
Este blog é um diário do Teatro Vocacional, projeto do Núcleo Vocacional, que conta ainda com Dança Vocacional e Música Vocacional, da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo em parceria com a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo. Aqui você encontrará informações das ações desenvolvidas no Núcleo Vocacional de interesse do vocacionado e do público em geral.

Vocacional Vai Ao Teatro


Companhia Auto-retrato
apresenta

Seis da Tarde

Dia: 21 de outubro (domingo).
Horário: 19h.
Local: Teatro Martins Penna.
Lgo. do Rosário, 20 - Penha


Nossa próxima ação se efetiva através da parceria com a Companhia Auto-Retrato. Os vocacionados poderão assistir ao espetáculo “Seis da Tarde”, seguido por um debate com a platéia.

O agendamento inicia-se nesta segunda-feira, dia 15/10, a partir das 15h, e deve ser feito diretamente no N.T.D.V. e pode ser feito por telefone (3334-0001 ramal 1904 e 1905, com FELIPE PINHEIRO). Basta ligar informando o número de ingressos para reserva e o nome do responsável que irá retirar os ingressos na bilheteria do teatro até meia hora antes do horário da apresentação. São APENAS 100 lugares por dia.

Sobre o espetáculo

Em um café qualquer, duas mulheres se encontram. Por cerca de cinco anos trocaram cartas. E há cerca de cinco anos silenciaram a correspondência. Nunca se viram, apenas trocaram fotos. Apenas se inventaram, mutuamente, por meio de palavras que recebiam e enviavam, uma tomando parte na vida da outra.
Após tanto tempo de silêncio, uma delas acorda no meio da noite com sede, caminha até a cozinha no escuro e abre a geladeira. Sem motivo algum, esse gesto, ou a luz da geladeira recortando o espaço, faz com que ela sinta a necessidade de retomar contato com a amiga que nunca encontrou pessoalmente. O encontro no café é essa tentativa de preencher desvãos: o espaço entre o que foi imaginado e o que existe de fato, entre a palavra escrita e a presença, entre o silêncio e a convivência.
As duas personagens, Clara e Silvia, aproximam-se como amigas íntimas e como desconhecidas no mesmo instante. Participam da memória uma da outra e tentam juntas encontrar no presente algum fio perdido de seus universos afetivos. A realidade desse encontro e dessas duas figuras, a relação que se estabelece entre elas, esse lugar e esse momento, tudo leva a um questionamento sobre a tentativa de se colocar diante do tempo. Um tempo que permeia nossa vida, marca nossas ações, influencia nosso comportamento, altera nossas relações, registra nossa passagem pelo mundo e delimita nossa existência.
“Seis da tarde” propõe uma investigação sobre a relação do homem com o tempo e com os descaminhos da afetividade.
A dramaturgia se estrutura em torno de situações banais, rotineiras, mas que se abrem para outras camadas de percepção estranhadas, disformes, subjetivas – camadas de percepção que se encontram em vãos de realidades, em espaços entre um momento e outro, em quase momentos, em pequenas fissuras de tempo.
Dando continuidade ao trabalho de sete anos da Companhia Auto-Retrato, o espetáculo Seis da Tarde tem como tema o Tempo, que permeia vidas, marca ações, influencia comportamentos, altera relações, enfim, registra a passagem pelo mundo e delimita uma existência.
Em seu oitavo espetáculo, a Companhia Auto-Retrato aprofunda o recorte que tem norteado seus trabalhos anteriores: o da memória e abismo entre intenção e ação.
A dramaturgia, criada a partir de improvisações, resulta em um texto dramático, sem perder algumas das características fundamentais da metodologia de trabalho da Companhia: o processo colaborativo, a criação de movimentações simbólicas e, principalmente, a constante investigação de possíveis caminhos do teatro na contemporaneidade.