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São Paulo, SP, Brazil
Este blog é um diário do Teatro Vocacional, projeto do Núcleo Vocacional, que conta ainda com Dança Vocacional e Música Vocacional, da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo em parceria com a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo. Aqui você encontrará informações das ações desenvolvidas no Núcleo Vocacional de interesse do vocacionado e do público em geral.

Vocacional Vai ao Teatro - Novembro


Grupo XIX de Teatro
apresenta
P r o j e t o A r r u f o s

O agendamento inicia-se nesta terça-feira, dia 30/10, a partir das 15h, e deve ser feito diretamente no N.T.D.V. e pode ser feito por telefone (3334-0001 ramal 1904 e 1905, com FELIPE PINHEIRO). Basta ligar informando o número de ingressos para reserva e o nome do responsável que irá retirar os ingressos na bilheteria do teatro até meia hora antes do horário da apresentação.

Apresentação do Projeto Arrufos

DATA VAGAS HORÁRIO
09/11 20 14h30
15/11 40 15h

Local: dependências da Vila Maria Zélia, Belenzinho, São Paulo (SP).

Sobre o espetáculo

O grupo escolheu, neste novo desafio, debruçar-se sobre o “Amor” em sua perspectiva histórica, cultural e seu poder transgressor. Desafio este incluso no projeto “Arrufos” (contemplado pelo PAC – Programa de Apoio à Cultura), intuído como finalização da trilogia, que passa ainda por Hysteria e Hygiene, respectivamente.
A novidade é que, pela primeira vez, mais de um período histórico será abordado numa simultaneidade e entrelaçamento que objetiva levantar reflexões através do friccionamento de tempos diversos.


HISTÓRICO DO GRUPO XIX DE TEATRO

O grupo XIX de teatro tem um trabalho contínuo de 6 anos, com uma pesquisa temática voltada para a história brasileira, uma pesquisa estética de exploração de prédios históricos como espaços cênicos e investigação sobre a participação ativa do público.
Com sua primeira peça “Hysteria”, o grupo ganhou 5 prêmios, foi considerado a revelação teatral pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) além de ter sido indicado para o Prêmio Shell de Teatro. Realizou mais de 350 apresentações em 18 cidades brasileiras e 12 cidades no exterior (Europa: Portugal e França; África: Cabo Verde), participando dos principais festivais de teatro de língua portuguesa. No primeiro semestre de 2005, o grupo cumpriu uma temporada de dois meses por 8 cidades francesas por ocasião do “L’annèe du Brèsil en France”.
“Hygiene” a segunda peça do grupo, é resultado do projeto “A Residência”, um dos 12 projetos contemplados pela Lei de Fomento de Teatro para a Cidade de São Paulo (Jan/2004) que consiste em um trabalho sociocultural de residência artística na Vila Operária Maria Zélia, na qual o grupo estreou em março de 2005, realizando durante este ano uma temporada de quatro meses. Por esta peça o grupo foi indicado ao prêmio Shell de Teatro - 2005 e ao Prêmio Bravo! Prime de Cultura, como um dos três melhores espetáculos do ano e ganhou como melhor espetáculo do ano o Prêmio Qualidade Brasil 2005 – São Paulo. Em 2006, participou da Mostra Oficial de Teatro Contemporâneo do Festival de Teatro de Curitiba, do Festival Internacional de Londrina (PR), do Festival de Extrema (MG) e esta selecionado para o Festival internacional RIOCENACONTEMPORÂNEA além de ter cumprido uma temporada de mais de 8 meses na cidade de São Paulo.

Hysteria

A peça fala das intrincadas relações sociais da mulher brasileira na virada do século XIX/XX. Para tanto, se acompanha a história de cinco mulheres internadas no hospício Carioca Pedro II (Praia Vermelha). Aproximar-se destas mulheres diagnosticadas como histéricas é trazer a tona trajetórias pessoais e únicas, depoimentos de desejos abafados, relâmpagos de vivacidade, fragmentos de memórias que não poucas vezes parecem se confundir com histórias de mulheres dos dias de hoje, que são delicadamente convidadas a participar da peça.

Hygiene

A peça faz uma reflexão sobre este mesmo momento histórico em que o Brasil se construía numa velocidade acelerada recebendo diariamente milhares de imigrantes. É esse contingente de culturas e idéias que coabitavam nos grandes cortiços do centro do Rio de Janeiro. E não demorou muito para que desse caldeirão de misturas surgissem os embriões de importantes manifestações de nossa identidade, na mesma medida em que se evidenciavam as desigualdades sociais que marcam profundamente os nossos dilemas atuais.